quinta-feira, 1 de abril de 2010

como antigamente

viver sob pressão
aceitar carão
depressão
aflição

viver perdido
sem ter morrido
nem tão vivido
ter se esquecido

viver a procura
da própria ternura
cessei com a doçura
que medo da amargura!


saudades de mim
procura de mim
salvar-se
desse novo 'mim'
que configura aos poucos
o novo 'eu'

medo do novo
voltar as origens
como antigamente
eu levantava
sair do não-lugar
fingir adentrar
a realidade
inventada
creditada
acreditada

saber separar
o que no inferno
não é inferno
e abrir espaço
dentro de mim
dentro de nós

se hoje, é assim.
eu ainda prefiro
como antigamente.

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