quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Better Alone" *




E toda vez que eu penso que está tudo resolvido,

Algo me mastiga e me cospe

Mas não há nada mais a temer

Eu sou melhor sozinha, minha querida Eu sei que eu deveria mesmo agradecer-te por me deixar livre

As mudanças que estou começando a sentir são realmente maravilhosas

Não demorará muito até eu me sentir feliz e forte

Estar livre ajudou na minha cura,

apesar de

me perguntar se você alguma vez

quis me ter ao seu lado Um dia eu irei esquecer?

Todas as coisas boas entre nós parecem estar desaparecendo

E toda vez que eu penso já ter tudo resolvido,

algo me repreende e me faz explodir

Mas não há nada mais a temer

Não, não, não...


*composta por Melanie Chisholm



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terça-feira, 12 de abril de 2011

deu(grau) no noticiário



















deu no noticiário do rádio que o tempo não vai abrir até quinta-feira... enquanto isso minha vênus geminiana aérea passa pela minha nona casa pisciana. temperatura vinte graus, dez degraus abaixo do normal em dias bem menos frios.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

"o golpe da graça"

"FALTA apenas o golpe da graça - que se chama paixão. O que estou sentindo agora é uma alegria. Através da barata viva estou entendendo que também eu sou o que é vivo. Ser vivo é um estágio muito alto, é alguma coisa que só agora alcancei. É um tal alto equilíbrio instável que sei que não vou poder ficar sabendo desse equilíbrio por muito tempo - a graça da paixão é curta. Quem sabe, ser homem, como nós, é apenas uma sensibilização especial a que chamamos de "ter humanidade". Oh, também eu receio perder essa sensibilização. Até agora eu tinha chamado de vida a minha sensibilidade à vida. Mas estar vivo é outra coisa. Estar vivo é uma grossa indiferença irradiante. Estar vivo é inatingível pela mais fina sensibilidade. Estar vivo é inumano - a meditação mais profunda é aquela tão vazia que um sorriso se exala como de uma matéria. E ainda mais delicada serei, e como estado mais permanente. Estou falando de morte? estou falando de depois da morte? Não sei. Sinto que "não humano" é uma grande realidade, e que isso não significa "desumano", pelo contrário: o não humano é o centro irradiante de um amor neutro em ondas hertzianas."
Lispector, C. em A Paixão Segundo G.H.