quinta-feira, 26 de agosto de 2010

intensidade que acontece*

O amor é o sono interrompido de súbito. É o sentir frio numa manhã gelada e chuvosa enquanto sacia-se um vício...calmamente.... há o choque entre o calor interno e o frio aqui fora. O corpo se estica inquieto, busco uma maneira de encontrar calor. Quando não existir possibilidade alguma de aquecimento o amor se extingue dentro da gente. Todos precisamos da fonte de calor pra não morrermos do não-amor. Quem não tem amor nada tem. Espero nunca sofrer disso. eu cuido de mim e tu cuidas de ti... pois embora muitos pensem o contrário, o amor é ter zelo por si mesmo... o amor existirá se antes a gente se ame. Pois serão nossos os momentos longes um do outro. Quem me dera pudéssemos viver de amar uns aos outros.

Assim como a arte existe para não morrermos da vida, existe também o amor. Viver também mata! E o amor que parte do auto-amor é maduro e liberta: respeito tuas escolhas e ainda assim te amo. O amor obrigatório fenece como as flores que murcham rapidamente após terem sido arrancadas de si mesmas. O amor que me refiro é o que perdura por si próprio: é na roseira que se encontra o elixir da vida longa. É como eu e você, encontramos vida em nós e a partir daí nosso amor tem vida. Obrigado por me injetar um pouco de vida, um pouco do amor que é seu. Agora feche os olhos e sinta: há amor em mim, aos poucos meu amor te invade.

Esse amor que te penetra dá sono. Deita, amor, se dormires não significa que não me ama. Não se esqueça: cuida de ti e estarás cuidando de mim. Estou dentro de ti. Te amo.

*escrito em 27 de janeiro de 2009.

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