terça-feira, 20 de dezembro de 2011

eu aceito



nova era no lar. onde a atmosfera solitária enquadra meu autoretrato.
onde minhas tarefas confundem-se com minhas reais necessidades e o que tenho de mais precioso custou-me cinco reais.
a era recém-inaugurada traz silêncios e vazios cortantes consigo e o que busco é aceitar, resignado minha condição.
o telefone toca, mas hoje não vou atender ninguém.
silencio-me perante o chão de um gris brilhante. corto o alho e preparo o arroz ao som do nada e o que me resta é a profunda sensação de que serão sempre as coisas tal qual o foram na origem.
o que modifica-me é o verbo conjugado.
todo o dia é um mistério pisado.
seja bem vindo a este lar dedetizado!

Um comentário:

SALÃO DOS RECUSADOS disse...

O FUTURO É APENAS UM PASSADO QUE AINDA NÃO SE REALIZOU.
EU TAMBÉM ACEITO MODIFICAR O MEU PRESENTE.