quinta-feira, 27 de maio de 2010

dezoito graus ; quatro e vinte e um


é como se tudo que tem vida dentro de mim viesse a tona
e a fumaça que sai é involuntária!
mal se traga
suga a tudo
num raio de 10 metros a partir de si
tudo o que está estático, no lugar, ponho pra dentro
e junto, os sentimentos que perdem-se por aí
o envoltório (meu) - como monumentos que eles julgam
são mais importantes que outros,
precisam de cinquenta metros a partir de si
para garantir sua intocabilidade
que eu não seja descaracterizado!

a mosca, que zune
percebo que foge da chuva,
precisam aproveitar-se do restante de dias seus
de ponta cabeça, pousam no varal
como resistem!

de nada me diz o raciocínio
se só amo quando me gritam

a vibração
raios contínuos sobre mim
sobre nós
podem agora respirar aliviados
não estão sozinhos.

Um comentário:

Camila S. disse...

solidão compartilhada.